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A história de Uiraúna está relacionada com o desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no litoral paraibano, devido a concorrência com as ANTILHAS, que tornou a pecuária extensiva a base econômica do sertão, este fato favoreceu sua ocupação com a criação rotas e feiras de gado. Uiraúna por situar-se na divisa Paraíba-Rio Grande do Norte-Ceará foi ponto estratégico de ocupação.
Outro fator importante para a sua colonização foi o espírito expansionista da família D’ávilla que anexaram a seus domínios as terras banhadas pelo Rio do Peixe (Sousa, São João do Rio do Peixe, Uiraúna...), eles provinham da Casa da Torre na Bahia e exploraram grande parte do Nordeste brasileiro com o intuito de acumular capitais através da pecuária.
Tendo em vista o grande território conquistado pela Casa da Torre, os D’ávilla para que pudessem assegurar a ordem e impor a soberania de Portugal começaram a outorgar títulos de capitão-mor, sargento-mor e entre outros, com o intuito de estabelecer o domínio em suas terra, nomeavam também procuradores que lhes pagavam o foro e lhes serviam em troca de apoio e força junto ao governo colonial.
Há relatos que mostram que em 1601, o capitão-mor Antônio José da Cunha, vindo de Pernambuco, estabeleceu-se na região, onde hoje está situado o município, organizando fazendas de gado e conseguindo a amizade dos índios Icós pequenos que habitavam a região do Rio do Peixe e eram tribo dos Tapuias-Cariris.
Nessa conjuntura, pelos idos do século XVIII o território foi doado em forma de sesmaria ao alferes Alexandre Moreira Pinto e a João Nunes Leitão.
Vale destacar a importância do Rio do Peixe, que mesmo intermitente, revelou-se como importante meio de sobrevivência tanto para os índios quanto para os criadores de gado e seus respectivos escravos.
Na segunda metade do século XIX os senhores João Claudino de Galiza, Henrique Caetano de Galiza, Claudino Coutinho de Galiza e Joaquim Duarte Coutinho fixaram-se na região e deram-lhe o nome de Belém do Arrojado, em 1872.
Por volta de 1874 foi fundada uma modesta capelinha pelo Padre José Joaquim de França Coutinho (filho de Joaquim Duarte Coutinho e França Caetano Coutinho) que havia se ordenado no Seminário de Olinda e regressado com o objetivo de construir a ermida. No mesmo local onde foi construído a capela, encontra-se, atualmente, a Igreja Matriz Jesus, Maria e José, a padroeira do município é a mesma desde do século XIX.
Pelo trabalho e amor a terra natal, o Padre França é considerado o fundador do município, sendo em 1940, erguido uma estátua em sua homenagem na praça e rua que levam seu nome.
Paralelamente a vinda dos criadores de gado ao sertão, nascia no Brasil, sobretudo nos estados do Nordeste e do Sul, uma nova classe de trabalhadores, os tropeiiros, que tinham papel de extrema importância para as vilas e cidades do interior, pois na ausência de caminhões (que fora inventado em 1896 , mas por ter altíssimo custo só chegaria ao Brasil décadas depois) eles iam na condução das tropas de mulas buscar em outras cidades produtos que o interior necessitava. Os tropeiros uiraunenses eram conhecidos por “Tropeiros do Sertão” e geralmente iam ao Cariri cearence e a M O S S O R Ó - RN, na busca de rapadura, algodão e de farinha.
Duarante aRepublica Velha o município foi palco de duas grandes rebeliões famosas até hoje, são elas a COLUNA PRESTES e LAMPIÃO. A coluna MIGUEL COSTA PRESTES , mais conhecida por COLUNAS PRESTE foi um movimento político-militar que pregava a insatisfação com a REPUBLICA VELHA , a exigência do voto secreto e a defesa do ensino público, liderada por LUIZ CARLOS PRESTES a rebelião passa pela terra de Padre França, primeiramente pela comunidade de APARECIDA , logo após chega a LUIS GOMES, NO RIO GRANDE DO NORTE e depois voltando a terras uiraunenses vai ao Olho d'Água Seco, depois para Santa Umbelina e também para Quixaba, quando parte em direção ao município de VIERÓPOLIS. LAMPIÃO foi o mais famoso cangaceiro da história do Brasil, em Uiraúna suas visitas (1927) ( foram consideravelmente rápidas e tanto na primeira como na segunda fez o mesmo trajeto. Um fato curioso a se comentar que foi a partir da recuada de FRANCISCO VIRGULINO DA SILVA, conhecido por LAMPIÃO na região que começou a perder nas suas batalhas até que onze anos depois fosse morto.
Os tempos de ouro do município ocorreu durante o cultivo do algodão. Foram os criadores de gado do século XIX que deram a grande contribuição para o seus desenvolvimento nessas terras. O "ouro branco", como era chamado antigamente se adequou perfeitamente ao solo uiraunense e paraibano, e como houve alta produção várias usinas algodoeiras vieram a Uiraúna, como a SAMBRA e a ALGASA. A cidade vivia do algodão e seu desenvolvimento veio através dele, trazendo até bancos como o PARAIBAN, a Caixa Econômica Federal e o Bradesco, mas um inseto originário da América Central, o bicudo, infestou todo o Brasil trazendo altíssimos prejuízos para a cidade como principal exemplo o fim de todas essas empresas citadas acima e a perda de toda produção, levando Uiraúna e todo o Brasil a uma grave crise.
De acordo com as divisões territoriais de 31 de dezembro de 1936 e de 31 de dezembro de 1937, bem como o quadro anexo ao Decreto Lei 1.010, de 30 de março de 1938, o território de Uiraúna figurava como Distrito de São João do Rio do Peixe.
Em 15 de novembro de 1938 o distrito de Belém passava-se chamar Canaã.
A luta pela autonomia política começou por volta de 1942, sendo concretizada somente em 2 de dezembro de 1953, sob Lei Estadual de número 972. Assinada pelo então governador da Paraíba, José Fernandes de Lima, a lei previa a instalação oficial do município a 27 de dezembro do mesmo ano. Nesta data foi empossado o primeiro prefeito, o norte riograndense Adolfo Rodrigues.
O principal defensor da autonomia foi o mossoroense OSVALDO BEZERRA CASCUDO (MOSSORÓ-RN, 04/09/1908 – CAMPINA GANDE-PB, 21/08/1997, com a contribuição do então deputado estadual Fernando Carrilho Milanez.
Veja na postagem seguinte os nomes e períodos dos administadores da cidade de Cidade Uiraúna, terra de duas pessoas muito importante, o conceituado jonalista, poeta e escritor brasileiro JOSÉ NÊUMANNE PINTO, este é parante, talves ele não saiba, de FRANCISCO GERMANO FILHO, o conhecedíssimo CHIQUINHO GERMANO, um dos poucos brasileiros eleito cinco vezes para o mandato de prefeito. Em meu livro referente a biografia de CHIQUINHO relatei sobre os laços familiares dessas duas grandes personalidades. Confira no link LITERATURA; e de LUIZA ERUNDINA, ex-prefeira de São Paula e Deputada Federal.
FONTE: WIKIPÉDIA - maior fonte de pesquisa do BRASIL, NESSE SITE VOCÊ ENCONTRA COM TUDO (QUASE) QUE DESEJAR
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